OBJETIVO DESTE BLOG

Compartilhar textos, poemas e impressões de uma forma mais literária sobre sustentabilidade; em um livro vivo - esse é o objetivo básico desse blog. Aqui busco tecer relações entre o conhecimento científico e outros saberes e sabores, outras visões de mundo. Há sugestões de atividades e perguntas que provocam e/ou convidam à reflexão. Os poemas estão protegidos pela Lei de Direitos Autorais na Biblioteca Nacional (Lei 9.610/98). A reprodução dos textos é permitida desde que citada a fonte e/ou respectivas referências bibliográficas. Aviso Importante: As postagens (textos e atividades) são dinâmicas e serão atualizadas independente do mês que foram escritas. Boa Leitura! Mande-me sugestões.

SAIBA MAIS SOBRE MEU TRABALHO EM

http://deborahmunhoz.wordpress.com

"Visceral"

(Deborah Munhoz)

No fundo da minha veia,
está a teia,
estou na teia.

No fundo da minha veia,
está a históriade uma espécie,
de um planeta,
de um cometa.

No ventre de uma caneta
está a tinta que corre
nas veias, na teia, na vela
do barco que navega
e transpõe regras.

No mar das portas abertas
está o poeta, a meta, a viagem
que faz parte da veia, da vela, da história.

No fundo da minha memória,
está a glória
estou “in gloria”.

A todo esse movimento,
estou atenta,
sou benta.

*Em homenagem às diversas REDES da qual faço parte - em especial, aos mais de 10 anos de vivência em Redes de Educação Ambiental, particularmente com facilitadora da RMEA e REBEA.

- Poema vencedor do Prêmio Literário "Valdeck Almeida de Jesus de Poesia - 2007", a ser publicado na Antologia de mesmo nome - Lançamento previsto para junho/2008 - BA)

Publicado no projeto "Poesia para Todos no Metrô" da UFMG, em BH/MG.
Detalhes desse interessante projeto você encontra no site: http://www.letras.ufmg.br/atelaeotexto/leituraparatodos.html)


- Exercícios"

1) Usamos muito a expressão teia ou rede, para nos referirmos a rede de relações. Uma rede é como um Tecido Vivo. Surge quando um grupo identifica entre si um projeto em comum.
Você também pode criar uma rede propositalmente, ou ter mais consciência das suas redes:

Identifique as redes às quais você pertence ou pense na rede que quer criar:

1. Quais são os objetivos da rede?
2. Quais são suas áreas de atuação?
3. A quem interessa a rede?
4. Quem se beneficiará com o trabalho da rede?
5. Quem são (e por que) os potenciais integrantes da rede?
6. O que a rede pretende fazer?

Saiba mais:

Visite: http://www.rits.org.br/
Leia: MARTINHO, C. "Redes: uma introdução às dinâmicas da conectividade e da auto-organização", WWF, 2003

2) No poema "Visceral "existe um trecho que diz:

"No fundo da minha veia,
está a história de uma espécie, de um planeta, de um cometa."

Como é possível conhecer a história de um planeta a partir do fundo da veia?

Explique o trecho acima usando seus conhecimentos sobre partículas e astroquímica. Para enriquecer a discussão, assita o video Cosmos (consulte a barra de videos do Youtube no fim das postagens. Veja o video de 60´. Se alguém souber como eliminar os outros 3 da barra de filmes, me avise. Por enquanto, estão de enfeite.)


3. Assista o Video "A REDE" Música do Lenine.
Produção dos alunos do Anglo Cassiano Ricardo
A tela de abertura é mesmo escura, mas é só apertar o símbolo do PLAY...




A Rede
http://cifraclub.terra.com.br/cifras/lenine/a-rede-jsphj.html

Tom: Am - intr.: Dm7/A - Am7/E Am7/G - / Dm7/A - G11 - /

(Dm7/A - Am7/E Am7/G - / Dm7/A - G11 - /)
Nenhum aquário é maior do que o mar
Mas o mar espelhado em seus olhos
Maior, me causa um efeito
De concha no ouvido, barulho de mar
Pipoco de onda, ribombo de espuma e sal
Nenhuma taça me mata a sede
Mas o sarrabulho me embriaga
Mergulho na onda vaga
Eu caio na rede
Não tem quem não caia
Eu caio na rede
Não tem quem não caia
Caio na rede...

F7(13) Am7(9)
Às vezes eu penso que sai dos teus olhos o feixe

F7(13) Am7(9)
De raio que controla a onda cerebral do peixe

F7(13) Am7(9)
Às vezes eu penso que sai dos teus olhos o feixe

F7(13) Am7(9)
De raio que controla a onda cerebral do peixe

(Dm7/A - Am7/E Am7/G - / Dm7/A - G11 - /) 2x
(Dm7/A - Am7/E Am7/G - / Dm7/A - G11 - /)

Nenhuma rede é maior do que o mar
Nem quando ultrapassa o tamanho da Terra
Nem quando ela acerta, nem quando ela erra
Nem quando ela envolve todo o planeta
Explode, devolve pro seu olhar
O tanto de tudo que eu tô pra te dar
Se a rede é maior do que o meu amor
Não tem quem me prove
Se a rede é maior do que o meu amor
Não tem quem me prove
Se a rede é maior do que o meu amor
Não tem quem me prove
Se a rede é maior do que o meu amor
Não tem quem me prove

F7(13) Am7(9)
Às vezes eu penso que sai dos teus olhos o feixe

F7(13) Am7(9)
De raio que controla a onda cerebral do peixe

F7(13) Am7(9)
Às vezes eu penso que sai dos teus olhos o feixe

F7(13) Am7(9)
De raio que controla a onda cerebral do peixe
(Dm7/A - Am7/E Am7/G - / Dm7/A - G11 - /)...

Educomunicação Ambiental

(Deborah Munhoz)
Imagem: Dr Luciano Silva - Glóbulos Vermelhos após tratamento
com antibiótico - 2o Lugar no Concurso de Nanofotografia
Instituto de Ciências dos Materiais de Madri/2007

A semente é
A fruta é
O alimento é
A folha é
Flor é
INFORMAÇÃO

O sangue é
O leite materno é
A criança é
O sêmem é
O óvulo é
INFORMAÇÃO

O DNA É INFORMAÇÃO

O corpo é INFORMAÇÃO


O solo é
O rio é
O Ar é
ÁGUA é
INFORMAÇÃO

O pássaro é
O peixe é
A paisagem é
INFORMAÇÃO

A história é
A língua é informação

Consciência é IN FORMA AÇÃO

A solução é IN FORMA AÇÃO

IN FORMA AÇÃO É Educação

A solução é comunicação

A solução é COMUM ÚNICA AÇÃO

Limites

(Deborah Munhoz)

Li, escrevi, entendi, amei!
Vi, mordi, comi, mastiguei,
digeri!
Em mim, caminhei, tropecei,
errei!
Nua, sorri, percebi,
me achei!

Agora,
sei que os limites
fazem parte
da arte
Suas margens
me conduzem além

Entendi:
Sou sujeito
na minha história
Na do outro
sou memória

(Homengem ao trabalho de Teresa Rosseti)

Para pensar:


  • Você (re)conhece suas margens?
  • Você está sendo sujeito da sua história?
  • Para onde suas margens estão te conduzindo?

Tudo que se faz dá certo

(Deborah Munhoz)


Meu fazer é livre.
Fazer e, ao mesmo tempo, livre, pensar.
Meu trabalho é pleno de significados
Faço porque tenho o prazer de fazer
Faço porque amo aquilo que
posso ser para o mundo
Amo aquilo que dou, aquilo que dôo,
que troco, que vendo
Quando dôo, sou. Quando não sou, dói.
Meu trabalho tem signos, seus sinais tem sons

O trabalho soa expansão, é lazer, é não fazer
é parecer, não aparecer,
nem padecer ou apodrecer
É compor, é arte, filosofia, ciência
É consciência, até engenharia!
Faço e, livre, penso
Nasço naquilo que faço e desfaço
Dez passos fora do que é hegemônico
O preço de ser antagônica
a um sistema de mentes domadas
É ser criativa, fazer poesia
Fazer com prazer tudo o que faço
Parece loucura para quem simplesmente
cumpre regras, segue tabelas,
mas faz sem paz.

Meu trabalho tem valor!
Meu trabalho tem cor,
tem humor, tem Eros!
Porque, sem ser herói ou heroína,
faço o que quero
Porque faço um pecado
Que só pode dar certo.