(Deborah Munhoz)
Meu fazer é livre.
Fazer e, ao mesmo tempo, livre, pensar.
Meu trabalho é pleno de significados
Faço porque tenho o prazer de fazer
Faço porque amo aquilo que
posso ser para o mundo
Amo aquilo que dou, aquilo que dôo,
que troco, que vendo
Quando dôo, sou. Quando não sou, dói.
Meu trabalho tem signos, seus sinais tem sons
O trabalho soa expansão, é lazer, é não fazer
é parecer, não aparecer,
nem padecer ou apodrecer
É compor, é arte, filosofia, ciência
É consciência, até engenharia!
Faço e, livre, penso
Nasço naquilo que faço e desfaço
Dez passos fora do que é hegemônico
O preço de ser antagônica
a um sistema de mentes domadas
É ser criativa, fazer poesia
Fazer com prazer tudo o que faço
Parece loucura para quem simplesmente
cumpre regras, segue tabelas,
mas faz sem paz.
Meu trabalho tem valor!
Meu trabalho tem cor,
tem humor, tem Eros!
Porque, sem ser herói ou heroína,
faço o que quero
Porque faço um pecado
Que só pode dar certo.
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